Os desabafos e porque não os devaneios de alguém que diz ter algo de muito importante a revelar ao mundo e quiçá a Portugal, sobre materiais e outras coisinhas. Os materiais “andem” por aí …e já agora as “bases” alguém as viu!?
domingo, 23 de maio de 2010
Nuvens
Olho lá para fora.
vejo um céu que já não via há algum tempo.
um céu com nuvens.
para muita gente as nuvens são prenúncio de algo indesejado.
até pode ser.
deixem-me apreciar as nuvens por aquilo que são ou pelas formas que têm.
adoro contemplá-las. aliás sempre gostei.
recordo-me que em pequeno, quando ia no carro, tinha a distracção de imaginar histórias sempre que via uma nuvem "fora do normal". essas nuvens são as mais interessantes.
hoje - não sei se é por estar a ouvir "fruit bat" sinto-me nostálgico e olho para as nuvens com algum saudosismo desse tempo. um tempo em que tudo era mais fácil.
podia ir de férias e não levar na bagagem o trabalho.
agora... é diferente.
deixem-me apreciar as nuvens. neste momento vejo uma que se assemelha a um coração.
se fosse poeta punha-me a escrever um poema.
mas não sou.
para dizer a verdade, ainda não sei o que sou. posso ser muitas coisas?
acho que não me consigo decidir por A ou B. Acho que gosto de A, B, C e muitas outras letras.
Mas então porque é que segui Z?
Porque é que escolhemos uma letra em particular?
Porque é que somos obrigados a enveredar por uma estrada?
Quando nos encontramos num labirinto, não é verdade que vários caminhos vão dar ao centro?
por vezes penso "e se...?"
maldita nuvem em forma de coração.
já sei. vou focar a minha atenção naquela que está ao lado.
que parvoíce. lembra-me a tromba de um elefante.
um pequeno Dumbo. e o que dizer do Dumbo? é um fenómeno.
um desenho animado com 69 anos que continua actual e a entreter a pequenada.
e há que notar que as crianças de agora são muito intransigentes. aliás, não podia ser de outra forma. hoje em dia existe tanta variedade de bonecos, que podem dar-se ao luxo de escolher e dizer "isto não presta, gosto é do Shrek".
O Shrek... se há uns anos atrás me perguntassem se queria ver um ogre verde, mais o seu amigo burro a salvar 1 princesa mestre em artes-marciais teria respondido que não.
Cresci com os clássicos da disney. Para o bem ou para o mal aprendi a gostar de histórias onde as raparigas fazem-se princesas. histórias como a do rapaz que rouba para sobreviver, mas que no fundo é mais generoso do que ladrão (ter um amigo génio também deve ter ajudado).
talvez possa afirmar que essas histórias contribuíram para aquilo que sou hoje.
aprendi algo com elas.
o que é os miúdos de agora podem aprender com o Madagáscar? a letra e a dança do "I like to move it"?
Não sei... Talvez quem esteja a ser intransigente seja eu. A querer dar mais valor àquilo que tive. Àquilo que foi meu.
Ouço dizer muitas vezes que as crianças podem ser crúeis. Essa crueldade tem a ver com a ausência do super-ego. Aquele grilinho falante que ajuda o Pinóquio a não fazer (muitas) burrices. As crianças têm que dizer e fazer muitas asneiras para que os pais e professores lhes digam "isso é errado" ou "isso não se faz". Só assim nasce a voz da consciência. Claro que não basta proibir, tem que se explicar porque é que determinada coisa não pode ser de outra forma. Chama-se a isto educar.
No entanto, maior crueldade é aquela que fazem muitos adultos, quando decidem ser pais.
Pessoas sem qualquer vocação e preparação.
Vejamos, é um ciclo vicioso.
Se a avó Maria Ernestina não soube educar a Cátia Vanessa, como é que a Cátia Vanessa saberá educar o João Pedro?
Não se trata de algum tão simples como escolher um nome.
E sou só eu que acha ou esta nova geração gosta de nomes pretensiosos?
É Manel Maria, Lourenço, Carlota, Carmo, etc.
Irónico, pois querendo ser diferentes acabam por ser iguais a tantos outros.
E foi mais uma nuvem. Mais divagações.
Era capaz de continuar... se não estivesse atrasado para um compromisso.
Amanhã há mais. Ou não.
Talvez espere que apareça um céu com nuvens.
G'bye
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